Poesia: Olavo Bilac


Bom dia.


E lá vêm o Papa!

Sou católica e claro que fico muito feliz de ter o Papa aqui em São Paulo, apesar de não concordar com algumas das posições adotadas pela igreja, mas isso é outro caso.

O que não me deixa feliz, na verdade me deixa incomodada, é o caos em que a cidade fica nessas ocasiões.

Lembram quando o Bush veio? Um inferno!!!!!! A cidade parou por causa dele...e o cara ainda desfaz do nosso país trazendo a comida e a água dele, ai, que coisa, viu.

Pra ajudar, hoje está frio e chovendo...mais um motivo pro trânsito virar uma zona.

Enfim, vamos lá.

Pra alegrar um pouco esse dia cinzento, vamos ficar com uma poesia de Olavo Bilac, que era, jornalista, poeta e inspetor de ensino. Nasceu no Rio de Janeiro, em 16 de dezembro de 1865 e faleceu, na mesma cidade, em 28 de dezembro de 1918. Foi um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras.


Ouvir Estrelas (Olavo Bilac)


"Ora (direis) ouvir estrelas! Certo

Perdeste o senso!" E eu vos direi, no entanto,

Que, para ouvi-las, muitas vezes desperto

E abro as janelas, pálido de espanto...


E conversamos toda a noite, enquanto

A via-láctea, como um pálio aberto,

Cintila. E, ao vir do sol, saudoso e em pranto,

Inda as procuro pelo céu deserto.


Direis agora: "Tresloucado amigo!

Que conversas com elas? Que sentido

Tem o que dizem, quando estão contigo?


"E eu vos direi: "Amai para entendê-las!

Pois só quem ama pode ter ouvido

Capaz de ouvir e de entender estrelas."


quarta-feira, 9 de maio de 2007

1 Comment:

Anônimo said...

Humpft, nem me fale de caos no trânsito, fiquei parada um tempão hoje!
Bonita poesia, hein.
Beijinho

 
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