Poesia: Eugênio de Andrade


Bom diaaaaaaaaaaaaaaa!!!!



Hoje ficaremos com um poema de Eugênio de Andrade.

Eugênio de Andrade é o pseudônimo de José Fontinhas Rato poeta português do século XX. Nasceu na freguesia de Póvoa de Atalaia (Fundão) em 19 de Janeiro de 1923 e faleceu em 13 de Junho de 2005, no Porto.

Escreveu seu primeiros poemas em 1936, o primeiro dos quais, intitulado "Narciso", publicou três anos mais tarde. Torna-se mais conhecido em 1942 com o livro de versos Adolescente, e afirma-se como poeta na coletânea As mãos e os frutos.

A obra poética de Eugênio de Andrade é essencialmente lírica, considerada por José Saramago como uma poesia do corpo a que se chega mediante uma depuração contínua.

Tornou-se funcionário público em 1947, exercendo durante 35 anos as funções de inspector administrativo do Ministério da Saúde. Em 1948 foi sua consagração, com a publicação de "As mãos e os frutos", que mereceu os aplausos de críticos como Jorge de Sena ou Vitorino Nemésio.

Apesar do seu enorme prestígio nacional e internacional, Eugênio de Andrade sempre viveu distanciado da chamada vida social, literária ou mundana, tendo o próprio justificado as suas raras aparições públicas com "essa debilidade do coração que é a amizade".Recebeu inúmeras distinções, entre as quais o Prémio da Associação Internacional de Críticos Literários (1986), Prémio D. Dinis (1988), Grande Prémio de Poesia da Associação Portuguesa de Escritores (1989) e Prémio Camões (2001). Em Setembro de 2003 a sua obra "Os sulcos da sede" foi distinguida com o prémio de poesia do Pen Clube.

Fiquemos então com uma poesia que faz parte de Antologia Breve:

URGENTEMENTE


É urgente o amor.
É urgente um barco no mar.
É urgente destruir certas palavras,
Ódio, solidão e crueldade,
Alguns lamentos,
Muitas espadas.

É urgente inventar a alegria,
Multiplicar as searas,
É urgente descobrir rosas e rios
E manhãs claras.

Cai o silêncio nos ombros e a luz
Impura, até doer.
É urgente o amor, é urgente
Permanecer.


Eugênio de Andrade, Antologia Breve


fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Eugénio_de_Andrade
imagem: universocatariniano.weblog.com.pt

sexta-feira, 6 de julho de 2007

4 Comments:

Carmim said...

É sempre uma surpresa agradável ver blogs de além mar fazer referência à poesia portuguesa.
Boa poesia portuguesa como é o caso da de Eugénio de Andrade.
Nem preciso dizer que gosto muito deste poema, pois não? =)

Um óptimo fim de semana,
beijo!

Anônimo said...

Somos todos feitos de urgências...
Lindo o poema.
Bjinhos e lindo fim de semana!

Anônimo said...

Fiz uma pergunta no meu blog.
Sua opinião é importante por lá.


Bjosss

Anônimo said...

O amor é sempre urgente...a gente é que às vezes tem mania de botar um freio, com medo.
Beijokas

 
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