Poema: J. G. de Araújo Jorge



Bom dia!!!!
Hoje ficaremos com um poema de um poeta brasileiro, José Guilherme de Araújo Jorge, ou J.G. de Araújo Jorge, como era mais conhecido.
Nasceu em 20 de maio de 1914, na Vila de Tarauacá, Estado do Acre e morreu em 27 de Janeiro de 1987.

Poeta, advogado, locutor e redator de programas radiofônicos, atuando nas Rádios Nacional, Cruzeiro do Sul, Tupi e Eldorado. Também era professor de História e Literatura do Colégio Pedro II.
Orador oficial de entidades universitárias, (do CACO da União Democrática Estudantil, precursora da UNE, da Associação Universitária, etc), ainda estudante, venceu concursos de oratória. Em Coimbra recebeu no título de " estudante honorário" e fez Curso de Extensão Cultural na Universidade de Berlim.

Com irrefreável vocação política, foi candidato a vários cargos públicos. Elegeu-se Deputado Federal em 1970 pela Guanabara, reelegendo-se já para o seu terceiro mandato em 1978 . Ocupou a vice-liderança do MDB e a presidência da Comissão de Comunicação na Câmara dos Deputados. Politicamente participou sempre das lutas anti-fascistas, como democrata e socialista. Lutou, ainda estudante, contra o "Estado Novo". Foi preso e perseguido várias vezes durante esse período . Deixou de ser orador de sua turma por estar detido na Vila Militar, sob as ordens do Gal. Newton Cavalcanti, durante todo "estado de guerra" de 1937.

Foi conhecido como o Poeta do Povo e da Mocidade, pela sua mensagem social e política e por sua obra lírica, impregnada de romantismo moderno, mas às vezes, dramático. Foi um dos poetas mais lidos, e talvez por isto mesmo, o mais combatido do Brasil.

Quando chegares...

Não sei se voltarás
sei que te espero.
Chegues quando chegares,
ainda estarei de pé, mesmo sem dia,
mesmo que seja noite, ainda estarei de pé.
A gente sempre fica acordado nessa agonia,
à espera de um amor que acabou sendo fé...

Chegues quando chegares,
se houver tempo, colheremos ainda frutos, como ontem, a sós;
se for tarde demais, nos deitaremos à sombra e
perguntaremos por nós...

J. G. de Araújo Jorge - extraído do livro De mãos dadas- 2a edição 1966


terça-feira, 21 de agosto de 2007

8 Comments:

Anônimo said...

Lindo, hein?
E sabe o que acho legal?
Que além de vc colocar o poema ou a música, tb coloca informações sobre o autor ou cantor.
É interessante saber, pois às vezes a gente conhece de ouvir, de ler, mas não sabe sobre a vida da pessoa.
Beijokas

Anônimo said...

Bom dia flor!
Dá uma passadinha no blog que tem desafio pra vc.
Bjos!

Alê Quites said...

Ótima escolha!
Tenha um dia iluminado!
Muitos beijos

BABI SOLER said...

É isso aí...resgatando as preciosidades.
Beijo!

Jac C. said...

O Edna, tão atenciosa sempre.
Obrigada pelo carinho dos comentários, viu!
Puxa, me ajuda tanto!
Beijos.

Marcelo said...

"à espera de um amor que acabou sendo fé..."

Que coisa linda isso.
Que letras exatas, precisas, afiadas como lâmina.
Não o conhecia, mas terei que fazer isso daqui pra frente.

Beijos, menina.

Anônimo said...

Edna,


E tem alguns idiotas que dizem que J. G. de Araújo Jorge é sub-literatura...


Belíssimo poema!


Abraços, flores, estrelas..




.

Carmim said...

Adoro poesia, e gostei muito de conhecer um pouco de J. G. de Araújo Jorge.
Belíssimas palavras.
Beijo.

 
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