Poesia: Luis Vaz de Camões



Pra carimbar de vez esse dia, em que todos os apaixonados elevam sua alma, vamos ficar com um clássico da poesia lírica que foi imortalizada por Camões.
Luís Vaz de Camões teria nascido em Lisboa ou Alenquer por volta de 1524 ou 1525 e morreu em 10 de Junho de 1580, em Lisboa.
É considerado o maior poeta de língua portuguesa e um dos maiores do mundo.
Dentre sua vasta obra, a mais conhecida talvez seja Os Lusíadas, que foi escrito em 1572.
Hoje escolhi uma de minhas preferidas e que cai muito bem para um dia em que o amor é muito festejado...é uma obra datada de 1595.

AMOR É FOGO QUE ARDE SEM SE VER


Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer;

É um não querer mais que bem querer;
É solitário andar por entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É cuidar que se ganha em se perder;

É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata lealdade.

Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,
se tão contrário a si é o mesmo Amor?

(Soneto 11 de Luiz Vaz de Camões. Sua forma original é tirada do texto bíblico 1 Coríntios 13 )





imagem: http://www.teiaportuguesa.com/lisboa/images/camoes.jpg

terça-feira, 12 de junho de 2007

4 Comments:

Anônimo said...

Linda escolha para um dia especial.

Anônimo said...

Hum, adorava o Renato Russo cantando essa música.

Anônimo said...

Tb adoro essa música cantada pelo Renato Russo...ficou perfeita para esse dia, hein.
Beijos

Renato said...

Na minha modesta opinião, talvez a mais bela descrição do amor.

 
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